sábado, 23 de maio de 2009

Nós, os malucos




Cérebro é um negócio estranho. Principalmente quando não funciona direito. Eu desconfio que se eu procurar algum tipo de analista, ele vai acabar achando algum tipo de problema no meio das minhas paranóias. As melhores pessoas que eu conheço tem surtos constantes. E, sinceramente, não vejo isso como um defeito.

Eu desconfio mesmo é daquelas pessoas que acham que são normais. Os psicopatas devem achar que são normais. Serial Killers devem se achar perfeitamente enquadrados nesse mundo. Quem ouve Calypso deve achar isso normal. Quem se acha normal retrai as paranóias, mantém as angústias atrás de uma cortina de pose. Chega uma hora que a cortina cai e o cara explode. Se explodir só a si mesmo, o menor dos males. O problema é que muitas coisas ruins que acontecem no mundo, acontecem quando a explosão atinge aos outros. Hitler se achava normal.

Quem não tem uma paranóia, um transtornozinho sequer pra fazer a mente funcionar, não deve bater muito bem da cabeça. Momentos estranhos em que a consciência tira um cochilo e o caos toma conta devem acontecer na vida de todo mundo. Acho que assim o cérebro se atualiza, apaga os problemas que estão afetando e reinicia os trabalhos - até o próximo surto. Façamos assim: quando a vida estiver normal demais, vá até a parede mais próxima e bata a cabeça algumas vezes, suficientes pra você se convencer de que tem alguma coisa errada. Então estará tudo bem.

3 comentários:

maisriana disse...

Acabei de ler em um outro blog que "a razão enfeia as pessoas". Acho que é mais ou menos isso mesmo!

Fernanda Zanol. disse...

É, eu tenho várias paranóias... Mas acho que ser normal demais acaba se tornando chato demais também... ;D
Você falou tudo.

bjooo

Mariana Braga disse...

Hahaha! Ótimo! Gosto de sentir que não sou a única anormal.