sexta-feira, 21 de agosto de 2009

1x0



Dia desses um pensamento que vagava pelo ar não tinha nada melhor pra fazer e veio me aportunar. Dizia ele que as minhas primeiras lembranças nesse lugar estranho e redondo tinham alguma relação com o futebol. A primeira delas, da copa de 98, traz três sensações. Primeiro, a chegada de alguns amigos dos meus pais para o fatídico jogo contra a França. Animação, todo mundo de camisa amarela, bandeirinhas, essas coisas. Depois, o espanto pelo aparecimento do nome do Edmundo no lugar do, na época, Ronaldinho. Aquela confusão toda e por fim, a decepção.

Claro, eu tenho lembranças anteriores a isso, mas nenhuma com data marcada. Não sei quando foram. Com o futebol eu sei. Teve essa de 98, alguns anos bons do meu time, copa de 2002, entre outras, boas e ruins. Pode ser besteira, mas vai saber se essas lembranças de paixão extrema durante a infância não ajudam a construir o que uma pessoa se torna.

Tenho pra mim que nenhum povo tem uma relação tão íntima com um esporte como o brasileiro tem com o futebol. Isso provavelmente não é verdade, mas que se dane. Eu nasci aqui e sei muito bem como é ser louco por um time, sentir o coração explodir com um gol, perder um dia, ou mais, por uma derrota.

Lá dentro do campo então, ou da quadra, só quem ama jogar bola sabe. Muitas vezes um jogo entre amigos no fim de semana tem mais suspense, dor e redenção do que qualquer filme. Acho que li em algum lugar que um jogo de futebol é uma espécie de maquete da vida. Tudo acontece ali da forma que acontece do lado de fora, guardadas as proporções. Alegria, tristeza, raiva, tudo no mesmo jogo, as vezes no mesmo lance.

Meu arquivo de fontes ta horrível. Não lembro quem disse, ou exatamente o que disse, mas era algo como 'não há lugar melhor para se descobrir o caráter de um homem do que dentro de 4 linhas'. Era um grande jogador, de defesa. Djalma Santos talvez? Não lembro. De qualquer forma, é verdade. Uma pessoa se comporta no jogo como se comporta na vida. Já vi isso algumas vezes, e sinto isso em mim quando jogo.

Futebol pode até ser só um esporte, como outro qualquer. Pode ser até chato pra quem não gosta. Mas seja você bom ou ruim, torça pro time campeão ou pro que foi rebaixado, experimente parar no meio de um jogo, esteja você no meio dele ou não, e tente sentir seu coração. Quando eu faço isso, das duas uma: ou ele ta prestes a ter um colapso, ou ta parado.



Ps: Não querendo estragar a magia, mas pelo o que eu já ouvi, o fato realmente aconteceu, mas não foi gravado. Isso é uma reconstituição. Hihi
Ps2: Só escute, não leia. Por favor. "Todos os tempo". Me mata de vergonha.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cê riu?

Bobo, mas bom. Vale pelo menos um "kkkkkk"?

Faz algum tempo que começou a ser usado o tal do "eu ri" em conversas pela internet, pra reforçar que a pessoa, de fato, achou graça do que viu ou leu.
É verdade que, "desde sempre", digamos assim, digitar risadas durante as conversas é praticamente involuntário. Já que as pessoas não estão se vendo, e não dá pra saber qual a feição do outro - se está gostando do que lê, ou repudiando totalmente -, usar expressões clássicas como "huahuahua" vem a calhar, principalmente para demonstrar interesse no assunto, atenção, criar uma simpatia, enfim.

O tempo passou, e foi trazendo novas (e cruéis) mudanças. Outras coisas começaram a substituir o huahuahua, tais como o providencial hehehe, o bizarro kkkkkk, além do uso de emoticons (infestando as conversas de MSN)... destaque também para o catastrófico e não menos falso rsrsrs. RSRSRSRSRSRSSSSSSSSS

Pois bem, atualmente, vindo dos hábitos de blogueiros descoladinhos e de indies internéticos em geral, chega no cenário o "eu ri". E, com ele, uma breve era de sinceridade humorística nas conversas on-line. Quando contam alguma coisa que faça a pessoa que utiliza o eu ri realmente rir, não dá outra. Se ela não disser a tal expressão, é porque não achou graça.
Com isso, pelo menos por algum tempo, fica bem mais fácil diagnosticar casos de risadas meramente sociais na internet.

Obviamente, expressões como HAHUAUHAUHAUHAUHAUHA continuarão soando um tanto quanto sinceras.


Falando em inutilidades e risadas estranhas... coitado do veínho:



haaa, hihi... hiihii... hióin hióan hióAN