sábado, 7 de agosto de 2010

19 anos

"Some are melodies, some are the beat,
sooner or later they'll all be gone,
why don't they stay young
?"

É relativo. Todos somos jovens ou velhos, depende do ponto de vista. Na verdade, a idade é apenas um dos fatores. Ter nascido pouco tempo atrás não dá garantias para ninguém. Na verdade, ter pouco tempo pela frente algumas vezes acaba libertando qualquer um. E qualquer um com pouco tempo acaba enxergando mais oportunidades. Ser jovem, no final das contas, é ainda conseguir ver e aproveitar as alternativas que se escancaram na frente de qualquer um.

O corpo, alheio ao que acontece por dentro, envelhece a olhos vistos. Quanto a isso, é pouco ou quase nada o que pode-se fazer. A não ser entender a mudança e jogar com ela. Às vezes é pro bem, às vezes não, mas é. Sempre é. Tudo sempre muda. E é inevitável que o novo venha e cumpra seu papel.

A novidade impressiona, cativa, se esgota e é substituída. Quando é deixada de lado, só lhe sobra a lembrança como companheira. Mas até mesmo a lembrança uma hora se cansa e vai embora. A novidade é quase instantânea e sempre acaba.

Mas o que é velho para um olhar, pode ser novo para outro. Quase sempre é. Depende, sempre, do ponto de vista. O próprio tempo, nosso eterno inimigo, pode às vezes ajudar. Com o tempo amadurecemos, com o tempo mudamos e com um tempo distantes do que nos já era velho e conhecido, nos vemos sob um novo ponto de vista. Quase como se conhecêssemos outra vez. É relativo.

Quem dera fôssemos jovens para sempre e sempre trouxéssemos conosco a paixão e o encanto de sermos sempre novidade.