segunda-feira, 29 de junho de 2009

One, two, three, four!



Quando eu abri o link de nova postagem ali em cima eu não tinha nada pra escrever. Queria pegar o gancho do post dos cangurus, logo abaixo, e falar sobre a mídia e as suas influências e coisa e tal. Mas, não. Ia falar algo sobre a faculdade também, mas nada de interessante veio à mente. Tava quase desistindo quando começou a tocar I don't wanna grow up, dos Ramones, no winamp. Música foda, com o perdão da palavra. Banda foda, sem perdão agora. Ha!

Os Ramones nasceram em 1974. Três amigos se juntando pra fazer uma banda, sabe como é. Não se sabe exatamente por quê decidiram usar esse nome e colocá-lo como um sobrenome em todos os membros que passaram pela banda, mas é certo que foi uma brincadeira, com alguém. Não, eles não eram irmãos. A wikipedia me falou isso agora a pouco.

As músicas são simples, os acordes também. Os instrumentistas não tinham nenhum talento especial e a voz de Joey Ramone não era nada de espetacular. E o que realmente importa é que eles não tavam nem aí pra tudo isso. A impressão que fica depois de se ouvir uma sequência de músicas dos Ramones é a de que eles eram um grupo de jovens querendo extravasar os problemas e as angústias, sem dar a mínima pra o que os outros iriam falar.

Claro, aí tem o sucesso, a carreira, a vontade de ganhar dinheiro. Mas não dá pra ver Os Ramones assim. Dessa forma, eles seriam uma banda comum. Precursora, inovadora, mas comum. Eles não eram. É preciso ver Os Ramones da forma mais simples possível, como a banda foi, apesar de gigantesca historicamente. É preciso vê-los como caras que cantaram e tocaram o mundo que viveram, do jeito que quiseram, da forma que dava. Deixando um pouco de lado o lado drogado, músicas como My brain is hanging upside down, I wanna be your boyfriend, I believe in miracles, falam da adolescência e seus problemas de uma forma sincera, autêntica. Talvez seja esse o grande legado deixado por eles. Legado esse largado em algum canto dos novos movimentos musicais, virtuosos, complexos e artificiais.

Não vou fazer lista das melhores músicas, mas vou deixar dois vídeos, com duas das melhores. Há quem diga que Os Ramones fizeram uma única música durante a carreira toda. Pelo menos foi uma música muito boa.


I wanna be sedated



Pet sematary

Ah, esqueci de dizer: as músicas são loconas.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ah, o de sempre


Esse aí do lado é um Walabi! Uma espécie de kids canguru júnior, coisa do tipo. Pra evitar que você abra mais um site que tenha a foto do Michael Jackson como capa, aí está uma imagem do serelepe marsupial. Depois, você entende o porquê da presença desta cotia orelhuda.

Entrando no assunto do post. Perdão pelo clichê, mas... nada é eterno. E isso se confirma a cada noticiário.

Hoje, durante meu infeliz hábito de ficar vagando pelos becos da internet, vi incontáveis reportagens, notas, notícias, tópicos e pitacos em geral sobre a morte do cantor/alien/children-eater/king of pop/entre outros, mais conhecido como Michael Jackson.
Uma galera se manifestando emocionada sobre o cara, outros xingando total e despachando logo o cara pro capeta. Uns, ainda, só fazem piadinhas idiotas sobre o falecido e não tem muito envolvimento com a causa - é nóis.

Mas... esse assunto, o debate todo que envolve a questão - ídolo ou pedófilo, gênio ou monstro -, tá ocupando desde ontem (quinta-feira) todos os espaços possíveis. Rádio, TV, internet, conversas e afins.
Porém, assim como a vida do homem (ou seja lá o que fosse o ser em questão), isso terá fim. Deixará de ser assunto. Questão de, no máximo, mais uns 2 dias - se não acontecer alguma desgraça pra tomar o lugar de assunto principal antes desse prazo. Depois, vai ser mera lembrança. E segue a vida. Um dia, em algum lugar do futuro, Michael Jackson será apenas o nome de um artigo da Wikipédia, que fala sobre um ícone freak multicolorido, autor de músicas de batidinhas viciantes.

Só que tem quem fique louco da vida. Não se dá conta que toda semana é um tema novo pra ficar latejando nos Jornais Nacionais. Praguejam, botam no nick do MSN frases de rebelião contra os canais de TV, juram a Globo de morte através de seus orkuts. "Não aguento mais isso tudo! Tô cagando pra Michael Jackson, pra vôo 447, pra gripe suína..."

Tá, é ruim, mas... ah, não dá. Quem é totalmente dependente de televisão, que perceba que é disso que ela vive. Desses assuntos chatos, que exigem que todo mundo fique colado nela pra estar por dentro de tudo que acontece. Assim como a internet, ou qualquer outra coisa que encha sua cabeça.
O que dá audiência é assunto polêmico, desgraças e infortúnios em geral. Se quer espernear com autoridade, não é através de manifestos em seu perfil do orkut que as coisas vão mudar.

Quando acontece alguma coisa boa, as pessoas saem do sofá pra comemorar. Daí, comemorando loucamente, acabam causando um mega-acidente, que será a reportagem de abertura
do jornal do dia seguinte.

Pra fechar, mais explicações para tamanha cobertura em cima da morte do Michael Jackson. Procurando pelas notícias mais marcantes de ontem, encontrei uma lista que ajuda a entender tudo. Repare nas manchetes.

Mundo registra quase 60 mil casos de gripe suína
- Nenhum cidadão civil deste país liga para o assunto. É bem mais jogo falar sobre o King of Pop.

Governador do Tocantins tem mandato cassado - Nenhum cidadão deste país liga pra política, - ainda mais de um estado não seja SP-RJ e periféricos, que é a única coisa que interessa pra muitos. A pauta Michael Jackson humilha qualquer papo sobre política.

Marsupiais são flagrados alimentando-se de ópio
- Auto-explicativo. Talvez seja a única "notícia" que dá vontade de ler... (se ainda não abriu o link, não perca mais tempo!)


Pois é. Triste constatação a de que o walabi é um bicho narcótico. O sonho do começo do post foi para o lixo...

Ah, manda pra redação da Folha amanhã a história completa do bicho. "De criatura fofinha às drogas".

Quem sabe, dá audiência.

terça-feira, 2 de junho de 2009

D'oh!


Do além, me deparei com um link de um canal online que passa Simpsons 24 horas por dia.

Tá aê um link direto: http://pt-br.justin.tv/tvd6/popout
(Domínio do X Nove Blog, que é cheio duns canais.)

Simpsons é realmente bom. Foi um precursor, no que diz respeito a satirizar o próprio homem e sua sociedade. Fez sucesso mundial assim. O seriado é geralmente lembrado como uma "sátira à sociedade norte-americana", mas não fica apenas nisso; o desenho mostra com um humor quase diabólico o comportamento das pessoas, usando piadas absurdas, mas bem construídas.

E faz sucesso justamente por esse senso de humor "maligno". É o tipo de humor que faz a pessoa relacionar as coisas, pensar de verdade, já que a graça não está tão óbvia na piada. Não é só rir por rir, que nem quando se é obrigado a forçar a risada só pra agradar os outros. O problema é quando têm aquelas piadinhas com personalidades americanas desconhecidas por aqui, daí fica uma coisa meio manca. Mas, no geral, é algo que ajuda a organizar as idéias.

Aí tem um vídeo, que já é meio velho, da situação invertida: pessoas imitando o desenho. É uma abertura dos Simpsons feita por "gente de verdade". Na medida do possível, quebrou um baita galho.



D'oh!