quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais do mesmo

Aproveitando a idéia do último post, tentarei falar dos "amigos", digamos, "não tão amigos assim" - ou alguma coisa parecida com isso.

Ah, os amigos de ocasião. Eles são um perigo. Ou pelo menos, parecem ser.
Você os conheceu por algum acaso. Eles mal entraram em sua vida e, quando você se deu conta, eles já haviam saído. Hoje, vocês não se falam. Aliás, pouco falaram enquanto conviveram. Mas, enfim, vocês se conheceram. Talvez você nem saiba direito quem eram estas pessoas, mas elas ainda estão ali, resistentes, povoando seu orkut e seu MSN. Aliás, por quê? Bem, na verdade, muita gente considera o número de "amigos" adicionados como uma espécie de status. Mas vamos relevar isso, por ora.

* Pra não gerar confusão e tornar o assunto mais "palpável", melhor fazer uma espécie de classificação, de tipos de amizade, se é que isso é possível. Tentaremos:
  • Os Bons amigos: auto-explicativo. Não adianta você se iludir e achar que está cercado de seres dessa espécie, afinal, eles são raríssimos e estão em extinção permanente. São aqueles que você sabe que você manterá contato por um bom tempo. Pessoas que estão em outros níveis de amizade costumam se disfarçar de bons amigos, e você tende a acreditar nelas. Portanto, tome cuidado.
  • Amigos: aqui entrariam aqueles que já estiveram muito presentes em sua vida, mas o seu caminho e os deles foram diferentes. Achei muito injusto não usar a palavra amigos, já que possuo alguns exemplares muito valiosos dessa espécie - apesar de já não saber se essa consideração toda ainda vale para os dois lados. Se você esbarrar com um desse na rua, você tende a ficar feliz no momento. O contato geralmente acontece por meios extramemente profundos, complexos e sentimentais, como através de recados no orkut - de preferência, enviados de 12 em 12 meses. Existem amigos que estão no nosso convívio diário, mas estes podem ser muito confundidos com os colegas.
  • Colegas: sei lá, foi o nome que deu pra usar. Seria mais legal ter usado "amiguinhos", mas isso seria, hãrm... estranho. Para aquelas pessoas que você convive/conviveu e tudo mais, porém, não conhece profundamente, ao ponto da criatura ser elevada de categoria. Você a respeita, existe uma consideração e tal. Alguns possuem grande valor. Pode até ter que haver um esforço, mas sai uma conversa legal se largar você e a pessoa juntos.
  • Conhecidos: você pode conviver com eles, mas nunca teve uma conversa considerável com tais seres, o que os deixou estagnados nessa categoria. Os conhecidos estão por toda a parte. Eles se dividem em dois tipos principais: os que te levam em conta e os que não te levam em conta. Curiosamente, o segundo tipo costuma ser bem mais numeroso.

É comum que uma pessoa que se enquadre na categoria de "Conhecido Tipo 2" sempre esteja por perto, quando você menos espera, e mesmo que você não queira. Lugares como terminais de ônibus, barzinhos, shows, supermercados e banheiros de shopping são seus habitats naturais, e é comum avistá-los nesses ambientes. Se vocês se olharem, são duas possibilidades: ambos se ignorarem e passarem reto, ou acontecer um inevitável papo - forçado e horrível. Nada bom... porém, apesar de serem inconvenientes, fofoqueiros e demoníacos, estes indivíduos não são os maiores causadores de estrago, apesar de parecerem.

As pessoas que consideramos de maior valor são as que nos fazem perder a cabeça de verdade. Já que as damos tanta moral, quando elas fazem algo que nos afeta negativamente, o negócio pega forte. É ruim de verdade. E o duro é quando elas não se tocam disso. E isso acontece bastante, aos borbotões, muito mesmo, demais a lot. Imagine que o cara tido como amigão pode mudar de uma hora pra outra, e criar uma nova categoria - algo como a "Categoria dos Amigos que se Comportam como um Conhecido do Tipo 2". Você já teve alguns "amigos" que entraram nessa categoria, mesmo que você nem tenha percebido.

Tá, e daí, pra que lado atirar quando acontecerem essas coisas? Simples: recorra aos seus bons amigos, aqueles mesmos do post anterior. Aqueles que não correm o risco de mudar. Ou que, pelo menos, você acha que não. Há!

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