sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ah, véio

Menos de 20 anos de idade, e já se identificam diversos sinais de velhice.

Dores em diversas partes do corpo são coisas normais. Típico de tiozão velho, atleta de fim de semana.
Existe forte preguiça para tirar a bunda da cama, da cadeira, ou de sair de qualquer lugar aonde o corpo fique em repouso por mais de 10 segundos. Se for possível, se cria uma doença na hora só pra não precisar mover um músculo.
Mas os problemas não são apenas físicos. A preocupação com dinheiro já toma uma parte considerável dos pensamentos. Sem dinheiro, surge a preocupação em achar trabalho.
Quando se arranja trabalho, vive-se de forma robotizada, e quase sem tempo livre. Se esse tempo livre é mal utilizado, aí surge outro problema.

Com as pontadas de velhice precoce, se passa a achar que todo mundo irresponsável.
Se enxergam defeitos em várias coisas, sejam importantes ou não, e fica-se na obrigação de meter o dedo na história para que não acabe em merda. Esses jovens tinham que apanhar de cinta.

Gosta-se de bandas velhas, e músicas que parecem bregas aos ouvidos dos dias de hoje. Eles não sabem o que é música de verdade, e gostam de música sertaneja para comprovar isso.
Não se aguenta mais ouvir conversas sobre carros, motos e demais coisas motorizadas que representem status. Ao meu ver, essas coisas servem, apenas, para se ir de um lugar para outro.

Cada grupo de idade, agora, passa a ser visto de uma forma.

Crianças são chatas, pentelhas e só querem sua atenção para ganhar doces e brinquedos. Do contrário, elas choram e te fazem passar por tongo malvadão.

Adolescentes são uma desgraça, nojentos. Corpos disformes, que transitam por aí usando uniformes e badulaques coloridos. Emos pintados com glitter, gordos malvestidos, menininhas secas e sem-graça que andam rebolando - outras, não tão secas assim.
Adultos são egocêntricos - possuem relativo dinheiro, relativo poder e estão no comando das ações.
E os velhos? Sendo generalista e vagabundo, daria pra dizer que os velhos não trabalham mais, e não formam opiniões concretas. Pouco ouvem música, e já não são tantos os que tem os automóveis como pauta cerebral permanente. Ou seja, já não são mais os mesmos velhos de antigamente.


De onde tiramos que todas essas chatices que comentei são "coisas de velho"?
Não foram desses velhos que herdamos as tais chatices...

É tudo uma farsa.

Nenhum comentário: