quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Qual seu favorito?


Eu tinha pensado em fazer um texto sobre música. Era um texto muito bom na minha cabeça. Mas, quase como sempre, a inspiração que de repente me veio, não mais do que de repente foi embora, assustada com o caos e as luzes na minha mente, talvez. Hoje ela voltou, acanhada, com medo, mas voltou. Voltou diferente. Não vou mais falar sobre tudo, vou falar só de uma banda.
Apesar do relativo sucesso que eles fizeram, ninguém hoje deve se lembrar. Pudera, duraram apenas uma década. Quem é que faz história em uma década?



Eles fizeram, e todo mundo lembra. Esses caras aí do vídeo formaram, de acordo com a grande maioria das pessoas, a maior/melhor banda já formada. Eu não gosto desse tipo de rótulo. Faz parecer que nada melhor nunca vai aparecer, é injusto. Mas nesse caso, parece fazer algum sentido. E eu não falo nem de qualidade. Não consigo ver nenhuma coisa de outro mundo nas músicas ou nos álbuns deles. Não é minha banda favorita, nem nada disso. Mas tem certos fatos que não dá pra negar.

O quarteto passou por diversas fases durante a carreira. O que é incrível é que a qualidade se manteve. Do pop mais meloso até o mais subversivo rock'n roll. Mesmo no fim da carreira, quando, ao que parece, um não aguentava mais olhar pra cara do outro, as canções pareciam melhorar. O álbum Abbey Road, por exemplo, um dos mais aclamados da história, é um dos últimos. Foi feito em 1969, quando a relação entre os 4 já tinha ido pro brejo.

Outro fator relevante é o sucesso entre as mulheres. Talvez tenha sido a primeira banda a ser assediada e a ter gritos estridentes como sonoplastia nas apresentações. Hoje, eu conheço diversas meninas que os adoram. É cool gostar do fab four. E, cá entre nós, eles não representavam e nem representam nenhum modelo de beleza. Porém, considerando o velho pensamento de que se ganha uma mulher pelos ouvidos, por aquilo que se diz a ela, faz bastante sentido. A fase romântica, por assim dizer, esteve presente no grupo durante todo o tempo, e, como não podia deixar de ser, as letras dessas canções estão entre as melhores do gênero.

E como se tudo isso não bastasse, depois de quase 40 anos da separação da banda, ela é uma das maiores referências culturais da nossa época. De cabeça, sem pensar muito, pensei em 5 filmes feitos nessa década que em algum momento mencionam o quarteto. Sem contar a influência. A inovação. A beleza das letras. Os fantásticos instrumentistas que eram.

E foram apenas 10 anos.



Ps: George, sem dúvida. Eu sempre preferi os coadjuvantes. Mas nem tanto a ponto de escolher o Ringo.


4 comentários:

Mariana Braga disse...

Eu ADORO Beatles. E já fiz um post no meu blog sobre eles também :)
Parabéns, Brunitcho :*

Zeca Monteiro disse...

Cara, se um dia eu conseguir só sobreviver de música eu já serei um cara extremamente feliz.

Imagine só como deve ser fazer parte da banda considerada por muitos a melhor de todos os tempos.
Não consigo imaginar direito.

Rodrigo disse...

Se um dia eu conseguir viver só deste blog, aí sim, serei um cara feliz; no momento, ainda negocio no RH horários para poder escrever.

Quanto aos Beatles, respeito e conheço algumas músicas, "apenas". Essa coisa de bandas é extramamente interessante, porque, se você gosta do som de alguma de verdade, acaba que vai lá, faz uma pesquisa sobre sua história, coisa e tal. Por fim, acaba criando uma identidade maior com ela, manjando sua trajetória, e a dando um grande status em sua cabeça para um grupo de insanos que souberam usar música para serem conhecidos.

Não sei aonde eu quis chegar com meu comentário, mas essa coisa de bandas é extremamente interessante, sabe...

Bruno disse...

Acho que nem eles conseguiram. O próprio George Harrison, todo mundo diz que era um cara extremamente extrovertido, mas a imagem que ele passava na mídia era de alguém tímido ao extremo.

Mas que seria bom, ah isso seria
hahahahaaha